domingo, janeiro 09, 2011

No meio desse lixo todo, procuro o amor.

Me escrevo. Me descrevo.

Uma frase inacabada que começa com talvez e sempre pára com talvez.

Um talvez tentando ser certeza. Uma frase tentando não se alterar.

Sou a letra de uma canção repleta de versos mudos.

Um texto delirante com palavras desconectadas que de alguma forma se intensifica e se torna mais contraditório.

Estrofes com algum distúrbio que no fim você acaba não compreendendo.

Não começo com ‘Era uma vez’ e nem termino com ‘felizes para sempre’.

Mas se me ler acaba compreendendo que não fui escrita para ser entendida, apenas amada.

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