domingo, novembro 07, 2010

Menos ponto final.

Quanto mais penso que sei sobre mim, mais me torno uma pessoa diferente. Fecho os olhos, penso em quem já fez parte da minha estória. Momentos com os que ficaram, com os que foram. Alguém pode me dar um almaque Nayane? Umas instruções de como me usar? O que fazer de mim?
Me escondo em palavras, esse é meu esconderijo preferido. Mas, pontos de interrogações são as únicos símbolos que consigo escrever. Não quero ser estas certezas que escrevo sobre mim. Não quero espantar as pessoas com essa minha cara fechada, eu quero gritar para o mundo : AQUI TEM DOR DEMAIS PARA UMA JOVEM DE 17 ANOS. ALGUÉM PODE CARREGAR ESSE MEU CORAÇÃO PESADO? Por favor, é que eu não consigo mais sozinha.
Crescer apaixonada por livros e palavras fez com que eu me tornasse intensa demais, seletiva demais. Quero melhores romances, melhores beijos, caras perfeitos, melhores lembranças. Quero tudo de melhor, ou não quero nada. Quero tudo muito intenso, porque o morno, o previsível não me agrada. E, por isso, vou me excluindo de tudo que não me cheira diversão, vou procurando algo para me tirar da solidão, mas sempre acabo me tornando parte dela cada vez mais.
As palavras estão aqui dentro, entopidas, prontas para sair, mas estão fracas. Então, tudo o que sai são reticências, interrogações, tudo que queira continuidade, menos ponto final.

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Pessoas que abriram o coração.