quarta-feira, novembro 10, 2010

Mas hoje, e só hoje.

É só mais um dia daqueles que se necessita de atenção.


Abro os olhos, meu coração palpita, outra vez o mesmo pesadelo. Meu cachorrinho vem me dar bom-dia, mas este parece somente outro dia que permanecer deitada seria infindavelmente melhor. Ele parece querer me contar uma coisa, mas eu, como uma péssima ouvinte não entendo aqueles olhinhos tristes.
Tomo café, sozinha, mas algo parece estranho, essa sensação, uma vontade louca de abraçar o mundo. De abrir os olhos com tamanha intensidade que seria capaz de enxergá-lo todo, inteiro, milllhares de almas vivas, milhares de corações pulsando, milhares de pessoas querendo estar em um outro lugar, em uma diemsão completamente fora de órbita. Hoje minhas vontades locas estão me dominando, preciso do mundo.
Penso em visitar a senhora solitária da esquina, uma velha que vive bêbada e em volta de mistérios. "Oi, tudo bem com a senhora? Precisa de ajuda, eu sou a menina da casa ao lado, aquela mesmo que te acorda com gritos desesperados todas as noites." Mas, talvez seja arriscado, melhor eu tentar falar com o garoto da esquina "Oi, tudo bem ? Precisa de companhia? Sempre te vejo sozinho e porque nunca falei contigo antes? Eu sou a garota do bairro de cima que vive sozinha e te parece estranha." Não, melhor não.
Em dias como este, que minha razão se calou para os meus sentimentos desesperados é melhor que eu fique aqui, que eu continue sendo essa auto-opressão, antes que eu acabe magoando alguém. Por que eu sei que o amor que eu preciso, as pessoas não podem me dá-lo com a intensidade que quero, e isso me cansa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Pessoas que abriram o coração.