Escrever virou um vício. Frases soltas, textos longos, nadas escritos só pra existir. Se eu não registrar, uma parte de mim se esquece. Se eu parar, uma parte de mim morre. E o bloqueio? Vai me enlouquecendo. É como se me negassem comida, oxigênio. Sinto como seu eu fosse morrendo a cada começo jogado de lado por não ter o que desenvolver. Se eu dormir, acordo melhor?
Não posso me explicar, não posso me dar o trabalho de me jogar ao vento e depois, recolher tudo sozinha. Eu sou uma, aparentemente, mas por dentro sou bilhões. Tudo o que me afeta, tudo o que me alegra, todos que vivo, isso tudo sou eu. E falta espaço para a verdadeira, um dia ela morre asfixiada.
"Mesmo minhas alegrias, como são solitárias às vezes. E uma alegria solitária pode se tornar patética. É como ficar com um presente todo embrulhado com papel enfeitado de presente nas mãos - e não ter a quem dizer: tome, é seu, abra-o! Não querendo me ver em situações patéticas e, por uma espécie de contenção, evitando o tom de tragédia, então raramente embrulho com papel de presente os meus sentimentos."
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Pessoas que abriram o coração.