domingo, outubro 31, 2010

Nada, nada e nada.

Tic tac, tic tac...
O tempo está passando cada vez mais rápido. Eu preciso de um segundo para saber se estou existindo, minha mente está vazia, quando foi que deixei de desejar o mundo?
Tic tac, tic tac...
Já se passaram 5 horas e a rachadura continua no mesmo lugar, quando ela vai se deslocar e me deixar em paz ? Alguém está me procurando, talvez eu quisesse responder, mas, minha voz está absolutamente imóvel aqui dentro, apreciando essa rachadura infernal que, veja, agora está se tornando um vazio, um buraco negro, grande, grande, assustador.
Fecho meus olhos e tento me lembrar de algo feliz, um momento consumido pelo tempo e que vai se tornando cada vez mais vago, mais distante, o sorriso que me alimentava agora vai se tornando uma dor na garganta, uma vontade de soluçar, uma água quente escorrendo pelo meu rosto.
Chega. Chega de me torturar, mas talvez, se eu evitasse o mundo por mais um momento... talvez esse medo bobo suma. 1,2,3...100. Abro meus olhos e nada. A mente vazia, o coração vazio, a casa vazia, as palavras mudas, é por isso que faço careta, tenho o rosto amarrado, este chá está com gosto amargo. Qual chá? Este que você chama de vida.

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Pessoas que abriram o coração.